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Brasil envelhecendo, oportunidade para o turismo regional


Nessa semana fiz uma pesquisa no #Linkedin para saber como os municípios estão se preparando para receber os idosos.


E por incrível que pareça, as reclamações dos turistas continuam as mesmas de antes da pandemia: 64% reclamam da falta de acessibilidade – 28% alegam falta de guias de turismo especializados, 5% reclamam que não tem um cardápio personalizado para os idosos e 5% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.


Como o assunto é muito amplo peguei uma carona na pesquisa realizada pelo #SESC - Serviço Social do Comércio, em 2020, com o título Idosos no Brasil: Vivências, Desafios e Expectativas na Terceira Idade, onde eles pesquisaram uma população brasileira urbana adulta (16 anos e mais), dividida em dois subuniversos, o da terceira idade (60 anos e mais) e o de jovens e adultos (16 a 59 anos), numa amostragem de 234 municípios (pequenos, médios e grandes), distribuídos nas cinco macrorregiões do país (Sudeste, Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste).

Nessa pesquisa foi analisado o que a população idosa gosta de fazer quando tem algum tempo livre, pois diferente do que muitos pensam, a maioria continua trabalhando.


De acordo com as respostas, sem considerar atividades que fazem por obrigação, os homens e as mulheres entre 60 a 70 anos citaram que curtem principalmente ”entretenimentos como viajar/excursões”, isso te diz alguma coisa, empresário do turismo regional.



Entre os homens se acrescenta atividades “aquáticas, como pescaria. Os mais idosos (80 anos ou mais), homens citam atividades fora de casa como “passear na rua e parques” e “atividades com amigos, como bater papo com vizinhos”.


Já as mulheres gostam de “visitar parentes”, e “reunião de almoço com família”. Hum... nessa hora já imaginei os hotéis com #dayuse e restaurantes com pontos estratégicos


Claro que a pesquisa verificou a renda média dos entrevistados, sendo que 59% recebem em torno de R$ 1.832 até 2 salários mínimos, 15% mais de 2 até 5 salários mínimos e 15% não teve renda pessoal.


Entre os idosos, esse valor médio é R$ 1.765,79 - e 69% recebem até 2 salários mínimos, (entre mulheres esse número aumenta para 72%).


E, claro, 86% dos idosos conhecem o empréstimo consignado (crescimento em relação a 2006: 77%), e desses 34% já utilizaram, sendo que 29% por necessidade própria e 4% para ajudar algum parente.


Entre os idosos, 25% ainda trabalham - sem mudança em relação ao estudo de 2006. Desses, 11% já são aposentados e continuam trabalhando, ou seja, a maioria ou 15% no mercado informal e 9% no mercado formal).

 

BRASIL ENVELHECENDO


O que mais chama a atenção é que o Brasil está envelhecendo e os gestores públicos e muitos empresários ainda não acordaram para essa situação.


De acordo com o IBGE, o Brasil já ultrapassa em 30 milhões o número de pessoas acima dos 60 anos de idade e a expectativa é que, a partir de 2039, o País tenha mais pessoas idosas do que crianças na sua configuração populacional.


Já a OMS - Organização Mundial de Saúde estima que em 35 anos, um em cada três brasileiros será idoso. De acordo com relatório divulgado, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos no mundo vai duplicar. E, no Brasil, este número vai triplicar.


Isso mesmo, o Brasil poderá ter a sexta população mais idosa do planeta e seremos considerados uma nação envelhecida, de acordo com classificação da OMS, que atualmente é dada para países como França, Inglaterra e Canadá.


Como sempre digo, a comunicação faz a diferença na vida do empresário e quem tem conhecimento tem poder e nesse momento te pergunto: Você estar conectado com o mercado e atento aos desejos do seu cliente?


Ou você ainda vai dizer que o idoso não é seu cliente?

Nesse momento a Rota do Turismo traz para você o desejo da maioria dos brasileiros que já estão envelhecendo e que desejam viajar e descobrir novos lugares, mas, que reclamam da acessibilidade.


E aí, o que você vai fazer?  Vai ficar esperando o outro ou agarrar essa oportunidade e sair na frente dos seus concorrentes através do turismo regional, apresentando mais acessibilidade, novos cardápios e um turismo de experiência fantástico para todos os públicos.



E, mais um detalhe para você prestar atenção, hoje, a maioria dos nossos idosos são aqueles que viviam na zona rural e que tem vontade de fazer um turismo de experiência e sentir na pele o cheiro da terra, apanhar fruta no pé, curtir o doce caseiro entre tantas outras vivencias.


Portanto, agora é a possibilidade do turismo regional sair na frente e atrair um público sedento em descobrir novos roteiros, próximos de sua residência e com opções para bem atendê-los.


Afinal, a maioria dos empresários hoje serão os idosos de amanhã ou você vai esperar para sentir na pele as dificuldades que eles enfrentam para só depois acordar e correr atrás do prejuízo.


Pense nisso e conte com a #RotadoTurismo para te ajudar.

 

 

 Adriana Fagundes

 

 

 

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