Após jejum de 22 anos, Império Leopoldinense é campeã do Rio, com enredo de Lampião e Maria Bonita

Com o enredo assinado por Leandro Vieira, “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, a escola de samba Império Leopoldinense foi a campeã do carnaval do Rio de Janeiro.

Leandro Vieira, que conquistou seu terceiro campeonato no Grupo Especial, retratou a vida e a morte do jagunço, barrado no inferno e no céu, à luz da cultura do cordel e num Nordeste multicolorido.

A escola apresentou na sua comissão de frente uma espécie de teatro mambembe ambientado numa paisagem que remetia a um pedaço de terra do sertão nordestino.

A comissão de frente mostrou a jornada de Lampião após morrer, indo do inferno ao céu sem encontrar abrigo em lugar nenhum.

No abre-alas, o rei do Cangaço aparecia em seu cavalo sobre uma reprodução colorida do Sertão, com bois, cactos e grandes crânios bovinos. Como destaque, Matheus Nachtergaele e Regina Casé como Lampião e Maria Bonita.

E, nos carros alegóricos, na última alegoria, que celebrava a herança cultural de Lampião, Dona Expedita Ferreira, 90 anos, única filha dos Reis do Cangaço, Lampião e Maria Bonita representou a família.

Foto: Stephanie Rodrigues/g1

A arquiteta Gleuse Ferreira, bisneta do Rei do Cangaço, que não esconde a felicidade de todos com as homenagens, em entrevista afirmou que “foi uma grande oportunidade difundir para o grande público a imagem de Dona Expedita Ferreira que é filha única de Lampião e Maria Bonita e aos 90 anos de idade permanece cheia de energia e disposta a divulgar para o mundo o legado do cangaço e de seus pais”.

A Vice-campeã: do Rio foi Unidos do Viradouro.

O Império Serrano terminou em 12° lugar e foi rebaixada para a Série Ouro.

No sábado, desfile das campeãs, você vai rever:

1. A campeã Imperatriz Leopoldinense

2. Unidos do Viradouro

3. Unidos de Vila Isabel

4. Beija-Flor de Nilópolis

5. Estação Primeira de Mangueira; e,

6. Acadêmicos do Grande Rio.